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SUBMISSÕES

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PARA SUBMISSÕES DE TRABALHOS

Para submissão de trabalhos estão propostos 9 (nove) Grupos de Trabalho com suas respectivas ementas. Nos GTs poderão ser apresentadas oralmente, em duas sessões, comunicações científicas de pesquisadores, profissionais e estudantes de pós-graduação e também relatos de gestores, extensionistas e grupos de comunitários sobre experiências e ações empíricas. Estudantes de graduação poderão apresentar trabalhos em forma de posters, que serão afixados em local visível no Seminário e terão horário específico para serem debatidos com os autores. Os trabalhos dos GTs serão selecionados pela Comissão Científica, com prazos definidos por edital específico. Os GTs pré-definidos são os seguintes, podendo ser reduzidos, realocados ou fundidos conforme o número de trabalhos selecionados:

 

GT 1 – Conservação da biodiversidade e inclusão social em tempos de mudanças climáticas

O Grupo de Trabalho visa discutir relações entre as delimitações das atuais Áreas Protegidas e as Mudanças Climáticas, no sentido de se refletir sobre essas áreas, suas funções, objetivos e resultados. Se há, ou não, necessidade de alterações nos seus limites, uma vez que, por exemplo, espécies podem estar migrando ou virem a migrar em consequência de mudanças nas condições climáticas globais e locais e, a partir das alterações na distribuição biogeográfica, com consequências nos demais elementos físicos e relações bióticas existentes. Ainda é importante destacar aspectos relacionados à legislação e política ambientais e como estão considerando o fato das mudanças climáticas afetarem a distribuição geográfica das espécies, sua consequência nos serviços ecossistêmicos, na dinâmica socioeconômica e em decorrência, nas populações humanas.

 

GT 2 – Educação Ambiental e áreas protegidas como lugares educadores: potencialidades e limites

Considerando a necessidade de compreensão dos ambientes naturais como resultados das relações sistêmicas entre todos os seus componentes, sejam eles naturais ou derivados das ações humanas, o GT visa promover discussões sobre a função educadora, nos âmbitos formal e não formal, no contexto das diferentes Áreas Protegidas, em alinhamento com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável e, a Agenda 2030. O GT procura, também, discutir os limites e possibilidades da Educação Ambiental relacionada às áreas protegidas na atual conjuntura política no Brasil e América Latina.

 

GT 3 – A vida das águas e água da vida: áreas protegidas e a Agenda Azul

Esse GT tem o objetivo de contextualizar o debate sobre a questão hídrica e a defesa dos territórios, inspirando a leitura das áreas protegidas, para além dos limites das unidades de conservação. Experiências, no cenário nacional, advindas dos territórios pesqueiros, das estratégias de convivência com o semiárido, das águas amazônicas, e também das mobilizações em torno das ameaças de rompimento de barragens em diálogo com o cenário latino-americano, são temas que compõem a proposta desse grupo.

 

GT 4 – Conflitos ambientais em áreas protegidas

A criação, estabelecimento e gestão das áreas protegidas é invariavelmente atravessada por inúmeros conflitos, negociações e pactos, que tendem a envolver agentes governamentais, empreendedores privados, organizações ambientalistas e diferentes representações das populações locais, tais como comunidades tradicionais, povos indígenas, agricultores familiares, populações urbanas vulneráveis, entre outros segmentos. Este grupo de trabalho tem o objetivo de debater os dilemas e avanços para a inclusão social em áreas protegidas, a partir destes conflitos, tendo em vista o recente cenário de desregulação da legislação, do licenciamento e da gestão ambiental pública.

 

GT 5 – Turismo e Lazer: contexto e expectativas frente aos novos cenários para o uso turístico de áreas Protegidas.

O GT tem como objetivo principal discutir as políticas públicas e práticas relacionadas ao turismo, em bases sustentáveis e, o processo de dinamização da economia de comunidades locais em áreas protegidas e entorno. O GT pretende ainda debater experiências criativas e que podem motivar e a inserção das comunidades ou grupos locais no planejamento e na gestão das áreas protegidas diante das mudanças climáticas. O tema da governança ambiental em articulação ao turismo, diante da superposição de territórios (turísticos, jurídicos, políticos), os conflitos decorrentes da pratica turística, o movimento de busca de pactos em unidades de conservação, reservas indígenas e comunidades quilombolas constituem também temas potenciais desse GT. O debate sobre a pressão da expansão do turismo sobre áreas protegidas e, a  gestão voltada para a conservação dos atrativos naturais e culturais representam temas complementares de debate no GT. As políticas públicas setoriais de turismo, no que tange aos compromissos de inclusão social, proteção da natureza e valorização da cultura serão também discutidas, criticamente, no âmbito desse GT. 

 

GT 6 – Áreas protegidas e urbanização: cenários de mudanças e a dinâmica das cidades

Em geral é ainda incipiente no debate sobre áreas protegidas, a discussão da dinâmica de proteção da natureza em espaços urbanos. Nas cidades brasileiras, em especial nas grandes metrópoles, muitas são as áreas urbanas protegidas, em nível federal, estadual ou municipal. Poucas pesquisas são específicas sobre esse contexto, apesar da forte tendência de urbanização no caso brasileiro. Há ainda uma diversidade de áreas de interesse para a conservação da biodiversidade a serem inseridas no debate, como as APPs, praças e parques urbanos, em áreas privadas e em fragmentos de vegetação sem proteção especial pela legislação vigente. Estão também em curso no caso brasileiro, iniciativas de parques lineares, agricultura urbana ou periurbana, além da proteção e uso da biodiversidade aquática em águas urbanas que precisam ser melhor discutidas como alternativas para a gestão. As áreas protegidas nas cidades se conectam com questões de direito à moradia e à especulação imobiliária, questões de uso público e lazer, temas vinculados à poluição urbana, saúde, alimentação e violência urbana, entre outros. O grupo de trabalho tem o objetivo de discutir e debater as pesquisas e ações em curso e promover o dialogo sobre tais conexões.

 

GT 7 – Políticas públicas, governança ambiental e inclusão social em áreas protegidas

O  GT tem o objetivo de discutir os avanços, desafios e tendências das políticas públicas para as áreas protegidas no Brasil, à luz dos compromissos assumidos pelo país no âmbito da Convenção da Diversidade Biológica (1992) desde a sua origem até as atuais Metas de Aichi (2015). Busca também ressaltar a importância de articulação da política de áreas protegidas com outras políticas setoriais, inclusive aquelas dirigidas à proteção social, e ao direito de povos e populações tradicionais. Para tanto, parte-se do pressuposto que somente a partir de bases democráticas se pode chegar a contextos sustentáveis de desenvolvimento. Para tanto, é fundamental discutir o papel da participação cidadã e o compromisso de governança democrática na gestão de áreas protegidas, a partir do reconhecimento da importância de diferentes espaços colegiados, como é o caso dos Conselhos Gestores de Unidades de Conservação. Outro debate necessário nesse sentido diz respeito ao delineamento de estratégias para o maior envolvimento da sociedade com relação à valorização do patrimônio natural e cultural protegido, para que seja mais clara a relação dessas áreas com a melhoria de qualidade de vida, através de atividades produtivas, inspiradas em bases sustentáveis. 

 

GT 8 – Cultura, biodiversidade, conhecimentos tradicionais e manejo comunitário do ambiente

Este GT busca discutir as relações entre diversidade cultural e biodiversidade, fortalecendo a importância da base cultural e das subjetividades e significados sobre a natureza protegida que são intermediados por códigos culturais, usualmente negligenciados nesse debate.  Se pretende fomentar a reflexão sobre a indissociabilidade entre natureza e cultura, no âmbito de unidades de conservação e territórios tradicionais e, apoiar o debate sobre a relação entre conhecimentos tradicionais e biodiversidade envolvendo transformações e produção das paisagens, mudanças de mentalidades e práticas, transformações institucionais e memórias territoriais e comunitárias. Nesse contexto um tema essencial no plano de gestão de áreas protegidas e também para a produção acadêmica é o conceito de COMUM e as formas de manejo comunitário de recursos naturais. Essas experiências concretas são expressões de formas não necessariamente capitalistas de reprodução da vida material e imaterial que começam a revelar significados novos para a compreensão da convivência positiva entre unidades de conservação e comunidades humanas.

Este GT inclui uma diversidade de abordagens históricas a respeito da relação entre a diversidade humana e a diversidade biológica, envolvendo transformações e produção das paisagens, mudanças de mentalidades e práticas, transformações institucionais e memórias territoriais e comunitárias.

 

GT 9 – Áreas protegidas e a questão agrária

A conservação da biodiversidade se relaciona à dinâmica agrária de diversas formas, dentre elas as próprias lutas associadas à reforma agrária e ao direito à terra, como aquelas conduzidas pelo movimento ambientalista e outros, e se associam, ainda, aos conflitos e articulações entre assentamentos rurais e unidades de conservação. Esse tema abrange, também, as questões relativas às Reservas Legais e Áreas de Proteção Permanente das propriedades rurais, bem como as iniciativas agroecológicas dos sindicatos de trabalhadores rurais e ONGs assessoras dos agricultores familiares, ou ainda interação entre os agricultores e as universidades, em projetos de pesquisa e extensão, ou em cursos de Educação do Campo. A questão das áreas protegidas nesse contexto se situa também no plano dos conflitos no campo, em função da expansão do agronegócio. Nesse sentido discute-se ainda a relação entre conservação ambiental e produção agrícola em um país onde impera um dos maiores índices de concentração fundiária em termos de propriedade da terra, definido por um modelo agrícola baseado na monocultura. Este GT visa, portanto, discutir a relação entre as questões agrárias, as áreas protegidas e o compromisso de conservação da biodiversidade na zona rural, em todas estas dimensões.

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